sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Onde os Diálogos Não Tem Vez (e nem precisariam ter)

Revi Onde os Fracos Não Tem Vez. É bom, mas tem detalhes e momentos sofríveis, não dá pra prestar atenção e criar laço com personagens. Enfim, naquele Oscar Sangue Negro era uma obra-prima que espero ser mais lembrada no futuro.

A direção dos Coen não é o problema. Ela é excelente, mantendo o público focado em muitas das cenas sem precisar de música ou diálogo pra isso. O problema é quando ocorrem os diálogos. A maioria soa artificial, além de encherem linguiça e não ajudarem a trama. Toda a parte do filme que acompanha o Tommy Lee Jones investigando o que está acontecendo no filme me parece totalmente desnecessária, não acrescentando nada. Só papo de xerife rançoso de um velho oeste que já se foi e não tem mais glória épica nenhuma.

O 3º ato em geral é muito ruim e desanimador. Ainda mais por praticamente ser do Tommy Lee Jones. E por ter um velhinho em uma cadeira de rodas em uma casa cheia de gatos, filosofando que aquele é um País Sem Lugar para os Velhos (título original do livro) que em momento anterior algum do filme ele é sequer mencionado. De novo, má construção narrativa. E a última cena, nem preciso dizer, senti um pouco de vergonha alheia, é bem nada a ver com nada (o oposto da última cena do Queime Depois de Ler, que é uma grande bobagem que é totalmente justificada com a cínica fala final)

Um comentário:

  1. Pois é. Acho Bravura Indomita muito mais maduro e atraente que onde os fracos. Só que o Bravura desta vez é o sangue Negro daquela vez e veremso ele perder pra um fraquissimo Fincher ou o quebra de rede de apostas Discurso do rei. Uma pena!

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