Algumas das melhores do diálogo entre William Miller e Lester Bangs(o sempre perfeito Philip Seymour Hoffman) em "Quase Famosos":
"And while women will always be a problem for us, most of the great art in the world is about that very same problem. Good-looking people don't have any spine. Their art never lasts. They get the girls, but we're smarter."
"Yeah, great art is about conflict and pain and guilt and longing and love disguised as sex, and sex disguised as love..."
"I'm always home. I'm uncool."
"The only true currency in this bankrupt world if what we share with someone else when we're uncool."
essa última, bah, eu que sei... ombros amigos pra chorar são alguns dos momentos mais lindos e decrépitos possíveis
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Cartão vermelho para Suplicy
Xilique do senador Eduardo Suplicy: http://tinyurl.com/lhv9p4
tão impagável quanto o do Collor... resta saber se o vermelho do cartão é o vermelho do PT ou se ele vale contra a direção do PT também
tão impagável quanto o do Collor... resta saber se o vermelho do cartão é o vermelho do PT ou se ele vale contra a direção do PT também
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back to black
Pra compensar o documentário sobre a cultura negra no Brasil e na África esdruxulamente e exageradamente espiritual da aula de Estudos Socio Políticos Econômicos Brasileiros, que tinha o Gilberto Gil como entrevistador e a família Buarque de Holanda no roteiro e direção, me alegrei assistindo algo africano e muito mais interessante chegando em casa.
Era o filme "Goodbye Bafana" ou na tradução "Mandela- Luta pela Liberdade". Puta filme legal, sem churumela e exageros e muito boa história.
Ricomêindu para todos.
Era o filme "Goodbye Bafana" ou na tradução "Mandela- Luta pela Liberdade". Puta filme legal, sem churumela e exageros e muito boa história.
Ricomêindu para todos.
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Um breve conto para os sonhadores
Os dois acabam seus cigarros, jogam as bitucas no chão. Ela deixa a sua acesa e observa a brasa se apagar, enquanto ele se certifica de pisar e esmigalhar a última ponta da sua bituca. Terminada a chama, ela encara ele:
- Não vamos voltar lá pra dentro.
Ele dá uma última olhada pra casa de shows com seus vidros escuros que estão vibrando no ritmo dos acordos distorcidos de alguma guitarra que abafa qualquer tentativa do vocalista produzir algum som com suas cordas vocais. Ninguém pode dizer que o homem lá dentro com sua boina não tentava se fazer entender. Ao menos pulava e fazia um teatro satisfatório do velho rock n' roll. Nada disso tudo animava ele para voltar lá pra dentro.
- Apoio. - disse ele
Começam a caminhar e se afastar do lugar, indo em direção à esquina escura. Dobrando-a, podia se ver a luz focada e esparsa dos postes ao longo da comprida rua que se apresentava diante dos dois. A garoa presente só se tornava algo visível ao olho quando entrava no campo de luz das lâmpadas amarelas que a prefeitura insistia em não trocar por algo melhor. Era possível ver o ar quente sair pelas próprias bocas e se chocar com o frio mediano do ar na penumbra. A fumaçinha surgia e se esvaecia rapidamente.
Ele tenta olhar pro caminho à frente e de tempos em tempos dava uma espiada na expressão facial dela. Ela caminhava com a vista fixa no chão.
Em um determinada instante, ela levanta juntamente com o momento de uma suspirada forte. A fumaçinha demora mais tempo para se desfazer no ar. Ela vira a cabeça e olha nos olhos dele.
- Tá frio pra caralho.
- Nem tanto assim. - tentando não dar muita atenção à frase banal dela.
Com uma voz um pouco vacilante ela diz:
- Posso andar abraçada contigo? - os pouco confiantes olhos dizendo um "por favor" semi-mudo, focando nos olhos dele.
Agora ele destina uma olhada pra ela, acompanhada de um sorrisinho tranqüilo que some tão logo surgiu.
- Pode sim. - respondendo olhando para a frente de novo.
Ela se aproxima para entrar por debaixo do lado direito do casaco dele. Ele abre o braço para facilitar o aninhamento dela embaixo de sua asa de couro sintético. Ela se encosta contra ele e ele relaxa o braço sobre ela. Caminham mais uns passos. Ela novamente cabisbaixa. Começa a acompanhar os pés de ambos. Esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita.
Quando contar os passos se torna muito agoniante, ela decide passar o braço esquerdo em volta do quadril dele. Para a mão pela barriga dele. Aperta-se um pouco mais contra ele. Ele mexe seu braço também, o olhar no caminho torna-se um tanto vacilante. Ele corta o movimento no meio do caminho, contendo-se. A vista ainda fixa na rua à frente. Tenta manter a indiferença.
Se ela não estivesse olhando o chão, veria que as narinas dele, agora mais dilatadas e bufantes, transpassavam aquela agonia agri-doce típica. No fundo ela não precisava desses detalhes fisiológicos. Sabia muito bem como ele se sentia e como o corpo dele reagia biologicamente à isso.
Ela para de olhar as deformidades da calçada abaixo dos pés e levanta a cabeça. Olha nos olhos dele.
- Como tu ainda tem essa fixação por mim? - ela fala agora com uma agonia. Agonia dela de não entender e querer respostas.
Nesse momento é ele que solta um suspiro. Também relaxa mais a musculatura. Deixa-se solto o suficiente para terminar o movimento do braço que queria ter concluído antes. Os olhos se voltam pro chão. O braço dele envolto na cintura dela.
- Tu sabe como eu te am... - ele consegue olhar nos olhos dela - Te acho uma pessoa maravilhosa. Tu devia se achar também.
- Hmpf - ela volta a olhar o chão - Eu não ser tudo isso. Não pra tu ficar sentindo isso esse tempo todo. Sério, como tu consegue? - ela suplicante pela resposta da questão.
- Porra, tu é tão perfeita pra tudo que importa pra mim. Tudo o que tu quer fazer ou dizer eu acabo achando o máximo. E o teu jeito de falar... tem algo ali que bate comigo, não sei. Eu já sei o que tu quer dizer quando tu ta na 3ª palavra! Isso tem que ser alguma coisa. Eu não sinto coisas assim com mais ninguém.
- Mas que adianta tu me entender e gostar do que eu faço e digo, e do jeito que eu sou se tu não entende que eu não consigo sentir essas coisas por ti. Eu também gosto do que tu e do teu jeito pra certas coisas, mas eu não consigo sentir essas coisas no mesmo nível.
Ela olha para o chão. Os olhos quase chorosos:
- Que merda, e eu sei que tu me ama muito e seria o cara perfeito pra mim. Mas sei lá, não dá. Parece que vou ta te enganando.
Ela volta os olhos meio molhados para os dele:
- Seria tão mais fácil se eu me apaixonasse por ti. - volta o olhar pro chão, agora fechando-os por causa de uma súbita mistura de raiva de si mesma e um cansaço - Puta, por que essas coisas não dão certo?
Ele tem mais vontade de chorar do que ela, mas trancao pranto o melhor que pode. Aperta mais ela contra o corpo dele.
- Eu adoro até os teus defeitos. - ele volta-se para o caminho, pra se concentrar e não balbuciar no meio de uma frase. - Eu gosto porque eu entendo, eu tenho até os mesmo. Eu tenho uma indecisão crônica do que fazer da vida. "Como ganhar dinheiro?" "Como ser feliz e com um emprego bom?"
Eu tenho essas mesmas nuances de humor. Eu fico me auto-depreciando. Quero fazer muita coisa e tenho ao mesmo tempo muita preguiça.
Ele olha nos olhos dela e segue:
- Ah, nós temos esses mesmo livros não lidos na prateleira. - ela sorri um pouco. - E os mesmos cd's atirados em algum pilha. - os dois sorriem um tanto agora. Pausa e ele segue. - No fim, o que nós dois temos são os mesmos "dodóis".
- Poxa, tu que é maravilhoso. Eu não te dou bola, não te dou nada em troca e tu continua andando comigo. O que tu ainda espera de mim?
- Eu no mínimo sonho com o dia em que tu me abrace sem ter o constrangimento de me pedir antes.
- Não vamos voltar lá pra dentro.
Ele dá uma última olhada pra casa de shows com seus vidros escuros que estão vibrando no ritmo dos acordos distorcidos de alguma guitarra que abafa qualquer tentativa do vocalista produzir algum som com suas cordas vocais. Ninguém pode dizer que o homem lá dentro com sua boina não tentava se fazer entender. Ao menos pulava e fazia um teatro satisfatório do velho rock n' roll. Nada disso tudo animava ele para voltar lá pra dentro.
- Apoio. - disse ele
Começam a caminhar e se afastar do lugar, indo em direção à esquina escura. Dobrando-a, podia se ver a luz focada e esparsa dos postes ao longo da comprida rua que se apresentava diante dos dois. A garoa presente só se tornava algo visível ao olho quando entrava no campo de luz das lâmpadas amarelas que a prefeitura insistia em não trocar por algo melhor. Era possível ver o ar quente sair pelas próprias bocas e se chocar com o frio mediano do ar na penumbra. A fumaçinha surgia e se esvaecia rapidamente.
Ele tenta olhar pro caminho à frente e de tempos em tempos dava uma espiada na expressão facial dela. Ela caminhava com a vista fixa no chão.
Em um determinada instante, ela levanta juntamente com o momento de uma suspirada forte. A fumaçinha demora mais tempo para se desfazer no ar. Ela vira a cabeça e olha nos olhos dele.
- Tá frio pra caralho.
- Nem tanto assim. - tentando não dar muita atenção à frase banal dela.
Com uma voz um pouco vacilante ela diz:
- Posso andar abraçada contigo? - os pouco confiantes olhos dizendo um "por favor" semi-mudo, focando nos olhos dele.
Agora ele destina uma olhada pra ela, acompanhada de um sorrisinho tranqüilo que some tão logo surgiu.
- Pode sim. - respondendo olhando para a frente de novo.
Ela se aproxima para entrar por debaixo do lado direito do casaco dele. Ele abre o braço para facilitar o aninhamento dela embaixo de sua asa de couro sintético. Ela se encosta contra ele e ele relaxa o braço sobre ela. Caminham mais uns passos. Ela novamente cabisbaixa. Começa a acompanhar os pés de ambos. Esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita.
Quando contar os passos se torna muito agoniante, ela decide passar o braço esquerdo em volta do quadril dele. Para a mão pela barriga dele. Aperta-se um pouco mais contra ele. Ele mexe seu braço também, o olhar no caminho torna-se um tanto vacilante. Ele corta o movimento no meio do caminho, contendo-se. A vista ainda fixa na rua à frente. Tenta manter a indiferença.
Se ela não estivesse olhando o chão, veria que as narinas dele, agora mais dilatadas e bufantes, transpassavam aquela agonia agri-doce típica. No fundo ela não precisava desses detalhes fisiológicos. Sabia muito bem como ele se sentia e como o corpo dele reagia biologicamente à isso.
Ela para de olhar as deformidades da calçada abaixo dos pés e levanta a cabeça. Olha nos olhos dele.
- Como tu ainda tem essa fixação por mim? - ela fala agora com uma agonia. Agonia dela de não entender e querer respostas.
Nesse momento é ele que solta um suspiro. Também relaxa mais a musculatura. Deixa-se solto o suficiente para terminar o movimento do braço que queria ter concluído antes. Os olhos se voltam pro chão. O braço dele envolto na cintura dela.
- Tu sabe como eu te am... - ele consegue olhar nos olhos dela - Te acho uma pessoa maravilhosa. Tu devia se achar também.
- Hmpf - ela volta a olhar o chão - Eu não ser tudo isso. Não pra tu ficar sentindo isso esse tempo todo. Sério, como tu consegue? - ela suplicante pela resposta da questão.
- Porra, tu é tão perfeita pra tudo que importa pra mim. Tudo o que tu quer fazer ou dizer eu acabo achando o máximo. E o teu jeito de falar... tem algo ali que bate comigo, não sei. Eu já sei o que tu quer dizer quando tu ta na 3ª palavra! Isso tem que ser alguma coisa. Eu não sinto coisas assim com mais ninguém.
- Mas que adianta tu me entender e gostar do que eu faço e digo, e do jeito que eu sou se tu não entende que eu não consigo sentir essas coisas por ti. Eu também gosto do que tu e do teu jeito pra certas coisas, mas eu não consigo sentir essas coisas no mesmo nível.
Ela olha para o chão. Os olhos quase chorosos:
- Que merda, e eu sei que tu me ama muito e seria o cara perfeito pra mim. Mas sei lá, não dá. Parece que vou ta te enganando.
Ela volta os olhos meio molhados para os dele:
- Seria tão mais fácil se eu me apaixonasse por ti. - volta o olhar pro chão, agora fechando-os por causa de uma súbita mistura de raiva de si mesma e um cansaço - Puta, por que essas coisas não dão certo?
Ele tem mais vontade de chorar do que ela, mas trancao pranto o melhor que pode. Aperta mais ela contra o corpo dele.
- Eu adoro até os teus defeitos. - ele volta-se para o caminho, pra se concentrar e não balbuciar no meio de uma frase. - Eu gosto porque eu entendo, eu tenho até os mesmo. Eu tenho uma indecisão crônica do que fazer da vida. "Como ganhar dinheiro?" "Como ser feliz e com um emprego bom?"
Eu tenho essas mesmas nuances de humor. Eu fico me auto-depreciando. Quero fazer muita coisa e tenho ao mesmo tempo muita preguiça.
Ele olha nos olhos dela e segue:
- Ah, nós temos esses mesmo livros não lidos na prateleira. - ela sorri um pouco. - E os mesmos cd's atirados em algum pilha. - os dois sorriem um tanto agora. Pausa e ele segue. - No fim, o que nós dois temos são os mesmos "dodóis".
- Poxa, tu que é maravilhoso. Eu não te dou bola, não te dou nada em troca e tu continua andando comigo. O que tu ainda espera de mim?
- Eu no mínimo sonho com o dia em que tu me abrace sem ter o constrangimento de me pedir antes.
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o que odeio/adoro no balanço do fim de semana/início da semana
Eu adoro quando tu faz piadas sem graça. Com álcool no sangue ou não.
Eu adoro quando vocês me dão um tanto de atenção e mostram que se importam comigo.
Eu adoro quando posso ajudar na gravação de um curta-metragem.
Eu adoro poder ficar sozinho em casa.
Eu odeio pensar que amanhã não estarei sozinho em casa
Eu odeio quando tenho que estudar marketing ao invés de iluminar uma porta de garagem em um curta chamado "Garagem".
Eu odeio quando tenho do meu lado pessoas que acham que entendem de tudo, me criticam e eu sou bonzinho demais a ponto de não querer criticar de volta a estupidez.
Eu odeio quando tenho que ficar longe de ti. Com álcool no sangue ou não.
Me deixem em paz curtir o resto do meu tempo sozinho em casa, afogando mágoas em Amarula, Lucky Strikes e Boris Kazoy
Eu adoro quando vocês me dão um tanto de atenção e mostram que se importam comigo.
Eu adoro quando posso ajudar na gravação de um curta-metragem.
Eu adoro poder ficar sozinho em casa.
Eu odeio pensar que amanhã não estarei sozinho em casa
Eu odeio quando tenho que estudar marketing ao invés de iluminar uma porta de garagem em um curta chamado "Garagem".
Eu odeio quando tenho do meu lado pessoas que acham que entendem de tudo, me criticam e eu sou bonzinho demais a ponto de não querer criticar de volta a estupidez.
Eu odeio quando tenho que ficar longe de ti. Com álcool no sangue ou não.
Me deixem em paz curtir o resto do meu tempo sozinho em casa, afogando mágoas em Amarula, Lucky Strikes e Boris Kazoy
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notícias de última hora da guerra particular
Dá-lhe Fidel! Hoje 1ª vez na TV há tempos. NOT!
Dá-lhe Suplicy! Fora Sarney! (só é mais legal quando ele canta Bob Dylan ou Cat Stevens)
Dá-lhe Marina Silva! Dá-lhe PV!
Quero muito ver FHC no documentário defendendo a maconha. Só falta ele entrar no PV. Free yourselves from mental slavery. Abram as portas de percepção por favor!
Dá-lhe Suplicy! Fora Sarney! (só é mais legal quando ele canta Bob Dylan ou Cat Stevens)
Dá-lhe Marina Silva! Dá-lhe PV!
Quero muito ver FHC no documentário defendendo a maconha. Só falta ele entrar no PV. Free yourselves from mental slavery. Abram as portas de percepção por favor!
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Homo Porcus
O porco é o animal mais desrespeitado pela humanidade:
1) Judeus (malditos!) não gostam de porco. Eles não podem comer.
2) Islâmicos (booom!) não gostam de porco. Eles não podem comer.
3) Comunistas não gostam de porcos (capitalistas)
4) Maconheiros não gostam de porcos. "oh os porco chegando aí!"
5) George Orwell não gosta de porcos na sua fazenda de bichos
6) Eu não gosto de porcos. Só bem passados
E eles tem o organismo mais próximo dos seres humanos. Por que não me surpreendo?
Somos todos porcos. Nos odiamos.
Oinq oinq oinq, cadê minha lama boa? Só no Senado?
1) Judeus (malditos!) não gostam de porco. Eles não podem comer.
2) Islâmicos (booom!) não gostam de porco. Eles não podem comer.
3) Comunistas não gostam de porcos (capitalistas)
4) Maconheiros não gostam de porcos. "oh os porco chegando aí!"
5) George Orwell não gosta de porcos na sua fazenda de bichos
6) Eu não gosto de porcos. Só bem passados
E eles tem o organismo mais próximo dos seres humanos. Por que não me surpreendo?
Somos todos porcos. Nos odiamos.
Oinq oinq oinq, cadê minha lama boa? Só no Senado?
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