quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pulsação: 7 por 24




Terminei de assistir 7ª temporada de 24 Horas. Roteiro é de chorar de tão bom. Jack Bauer como não se via há muitos anos.

Andei pensando bastante à respeito desse seriado ultimamente. A 1ª "trilogia" de temporadas sempre foi a melhor, mais criativa e mais coesa. Tem até um "final", com vários personagens presentes nas 3 temporadas indo ou para o beleléu ou com destino menos ingrato, mas também infeliz e de certa maneira terminal.

Aí veio a 4ª, reerguendo personagens que supostamente estavam fadados ao limbo. Só isso que é legal nela, o desenrolar dos acontecimentos em geral foram muito ruins. Não existem aquelas reviravoltas que sempre deram frescor e tensão para os roteiros das outras temporadas. Além disso, há várias cenas que foram compostas com uma obviedade irritante até. Depois de um tempo o espectador sabe precisamente quem vai tomar tiros durante os tiroteiros e até em que parte do corpo ("Não se preocupe Jack, pegou de raspão no ombro do meu colete à prova de balas."). Outra chatice foi a repetição da etnia que predominantemente é a causadora da ameaça terrorista (árabes barbudos de novo...) e o pior, não lembro de quase nenhum americano envolvido. Sim, achei racista. Pra salvar um pouco, alguns novos personagens são bons como a Audrey e Bill Buchanon. No fim, faltou pulso, muito pulso.

A 5ª é bem mais empolgante, mas tem uma boa dose de exagero. Hmmm, será mesmo? O Prresidente Charles Logan não é lá muito diferente do Bush,
tanto em termos de inteligência quanto conspiratórios. Isso se você acreditar em um pouco de Michael Moore, é claro
Enfim, às vezes acho ela exagerada, às vezes acho justa. Talvez no contexto do seriado é que tenha sido meio inverossímel. De toda a forma, é bem melhor o roteiro geral, mais criativo nos eventos da trama.

Bom, agora se você pensava que a 4ª temporada tinha momentos bem clichês e a 5ª exagerados demais, você definitivamente não viu a 6ª temporada. O final hiper "que merda é essa?! Não!" foi resolvido de maneira nada entusiasmada no início da temporada. Calma, nada é tão ruim que não posso ser piorado. Os grandes manipuladores da temporada anterior são, ora veja que coincidência, o meio irmão e depois ainda por cima o pai do Jack! Na boa, digno de Darth Vader, completamente ridículo. Enfim, a coisa só desanda. A tal promessa de ver Kiefer Sutherland atuando ao lado do pai Donald Sutherland foi um capricho fora de lugar.

Agora vamos chegar ao capítulo intermediário. O tele-filme 24 Horas - A Redenção foi um bom começo. Ele é cheio daquelas cenas óbvias e mal construídas da 4ª temporada, mas ok, pelo menos eles foram até a África pra poder criar um visual mais empoeirado. E a cena da mina terrestre vale as duas horas. Na verdade, a parte muito mais importa para a sétima temporada e muito mais bem feita é a trama que se desenvolve em Washington DC, apontando o novo cenário da nova temporada, alguns personagens importantes e uma trama de eventos que estava prestes a explodir.

A verdade de toda história é que o pessoal da série ouviu as preces dos fãs que reclamaram da 6ª temporada (viu, não sou só eu o chato reclamão, eu to com o povo!) e decidiram fazer um revamp, um novo começo. Assim que surgiu a ideia do prólogo e que a equipe se esforçou pra delinear vários elementos de toda a temporada e além. Graças à greve dos roteiristas, isso foi ainda mais possível. E foi o que ocorreu.

A sétima temporada veio sem medo. Nova cidade, introduz muitos personagens novos e até mata alguns dos velhos que ainda poderiam seguir. Até matam os novos, for christ sake!
O roteiro é muito bom, criativo e sem os clichês que poderia se esperar. Reviravoltas (críveis) voltaram com tudo. A nova agente Renee Walker tem uma curva dramática impressionante. A caminhada osmótica junta a Jack bauer fazem dela uma discípula interessante. E a(s) grande(s) virada(s) de Tony Almeida (ele tá vivo?!) também impressionam.

Talvez seja o início de uma "nova trilogia" de temporadas fodas. Quem sabe, não? Só sei que o papo de "sentar e analisar toda a história" não era só ladainha de produtor. A temporada foi pensada pra ter continuidade. E foi bem pensada dessa vez.

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