domingo, 13 de junho de 2010

Chapa nos peito, chute na mente e tiro no coração. Nada mais relaxante pra um fim de domingo...




Aluguei esse fim de semana três filmes: Goodbye Bafana(Mandela - Luta pela Liberdade), Busca Implacável (Taken) e O Sol de Cada Manhã (The Weather Man).

Nesse instante terminei de assistir o Busca Implacável. Ele é notavelmente perfeito em todos aspectos técnicos. A direção (Pierre Morel, fotógrafo de "Cão de Briga") é digna de um filme do Bourne, com lutas corpo-a-corpo muito foda e um ritmo implacável (ahn, ahn, entenderam o trocadilho?). Sua 1hr e 30 min passam como se fossem 15 minutos, o que para um ação/suspense é a marca de qualidade na minha opinião.

Fora isso, o roteiro (de Robert Mark Kamen e Luc Besson , escritores de O Quinto Elemento, O Profissional, Nikita, Joana Darc, Karete Kid, Artur e os Minimoys, Carga Explosiva, Taxi, Bandidas e Cão de Briga) é um típico suspense de ação de agente secreto, o único diferencial talvez seja o cenário parisiense. No geral, a história tá mais pra 24 Horas que um filme do Bourne. A CIA não é inimiga de ninguém, foi ela que deu habilidades para o protagonista (interpretado pelo Liam Neeson, um ator com uma persona artística do típico agente fodão, mas interessantemente com aspecto bem mais velho que a média desses personagens) salvar sua filha. A premissa do roteiro é, digamos, retrógrada, visto que o inimigo é um ser externo ao universo dos personagens "bons". Um tanto de xenofobia com albaneses, no caso desse filme. Mas não creio que a intenção do filme deva ser a de fazer alguma politicagem. É um mero recurso do filme. Só me incomoda que um pai que quer impedir a filha de viajar para Paris porque "eu conheço o mundo e sei como ele é perigoso" parece o tipo de coisa que meu pai diria. E um filme desses serve pra reforçar esse tipo de visão do mundo. Mais estranho ainda, o protagonista parece encarar os EUA como o lugar mais seguro do mundo, coisa da qual eu duvido muito.

Agora, pra defender um pouco, tem gente que vai achar o filme repleto de violência escapista. E é. O ponto positivo é que ele não é o filme que trata de violência e não mostra ela diretamente (apesar de que poderiam ter usado mais bolsas de sangue). Uma cena de tortura bem visceral e outra em que ele atira em uma mulher eu vejo de certa forma como uma coragem cinematográfica. Se fosse só mais um produtinho, seria um filme mais "limpo". Ponto positivo.

No fim, é um filme bom pra se passar o tempo. Nada edificante, nada inovador. Não obstante, é bem feito e violentamente catártico. É só manter uma visão crítica e dar o play.

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