segunda-feira, 27 de julho de 2009

muita carência (de amor e de propósito)?

Existe o medo: de falar, de brincar, de não ser entendido com seu papinho sobre a reforma agrária.
Medo que causa o afastamento em relação às pessoas (forma uma barreira digna de The Wall).
Afastamento que traz a carência afetiva e emocional, que traz a amargura, a falta de esperança e no fim te deixa falando com as paredes (quando não chega ao estágio crônico de fazê-lo subir pelas paredes).

Correndo sobre esse mesmo e repetido chão pelo qual já passaram tantas gerações, o que encontramos além desse mesmo antigo e primordial medo? Que resquício evolucionário é esse que nos fez sermos medrosos para fugir dos tigres-dentes-de-sabre e assim sobreviver e perdurar a espécie e os nossos genes(esses eternos egoístas) e depois de tantos milênios nos impede de trepar e dar abraços por carregar um sentimento de constrangimento em relação à tudo lá dentro do lóbulo frontal? Cadê Darwin pra vir corrigir esse desvio evolucionário?
Acho que ele mesmo já respondeu a pergunta: os fracos ficam pra trás. O que quero saber é quem aqui quer se eternizar de maneira tão involuída e básica que com os genes(egoístas!) quando podemos nos eternizar por muito mais tempo com os memes? Filhos? Não, muito obrigado. Quero fazer uma pirâmide neo-clássica, isso sim. Quero uma cena da vida gravada em nitrato de prata. Quero deixar uma lembrança querida, de preferência.
E de adianta querer ser tão megalomaníaco assim e ficar na história como um Hitler? Não vamos ser lembrados por matar judeus, vamos se querer minha gente! Vamos fazer coisas boas, pois isso até faz a lembrança da sua existência durar mais (Ghandi e Bono não morrem tão cedo. Aliás, Michael Jacksson é quem mesmo?). E sabe, 'tá tudo escrito. Tudo tem lógica, com um Cisne Negro ou não. Um ser altruísta é algo benéfico para a sociedade como um todo do ponto de vista evolutivo do conjunto, então nada mais justo que resguardar para esses o lugar mais cativo nos nossos corações e mentes.

E viva Patch Adams!

Nenhum comentário:

Postar um comentário