domingo, 25 de outubro de 2009

Monstruosidades coreanas



Mistureba boa de filme de monstro, denúncia política, drama, suspense e até um tanto de comédia. É assim "O Hospedeiro", de Bong Joon-ho. Nesse aqui, as treta são coreana.

Um mostro criado à partir de lixo tóxico ataca uma cidade coreana. Uma família é dividida e posto em quarentena. Hmmm, parece que já vimos esse filme, né? Só com um lagarto gigante destruindo Tóquio, não?
Uma grande diferença desse filme para um Godzilla que é todo tosqueira japa ou blockbusterianismo da sua versão hollywood é que a atmosfera do filme nunca cruza a linha de virar um filme catástrofe aventura. O foco é na vida de algumas pessoas que não tem suporte do governo para ir atrás de um possível sobrevivente. O exército está nas ruas caçando a criatura, mas também atrapalhando a busca. ninguém do serviõ médico acredita que esse sobrevivente realmente ligou para o celular de uma das pessoas na quarentena. Ao invés disso, o homem que recebeu a chamada é tratado como temporariamente insano. Há uma crítica forte à influência americana na Coréia. Seja no laboratório causador, seja na política de intervenção para controlar a quarentena.
Nesse filme tem drama de verdade meu amigo, não é um passeio na garupa de um monte de efeitos especiais ou maquetes sendo destruídas. A trama em que os personagens se enredam é complicada e agoniante na medida certa. Atuações muito boas deram expressão pra família protagonista. E os efeitos estão lá sim. Aliás, muito perfeitos.

Enfim, essa mistura toda é que faz o filme ser bem feito e ter originalidade mesmo com uma premissa conhecida. Tem todos quesitos técnicos e artísticos bem afiados e não à toa foi sucesso recorde de bilheteria na Coréia do Sul. O cinema coreano é digno de se dar atenção, até porque deve haver um motivo para ser um dos poucos países que consomem mais filme locais que estrangeiros. Num país que não tem mais território que o Paraná. Foda...

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