sábado, 24 de outubro de 2009

O fim, o início e o meio




"Apenas o Fim" tem por si só uma história de produção muito boa. Feitos por estudantes de cinema da PUC-Rio, parte do orçamento veio de uma rifa que o diretor, de 22 anos, fez com um whiskey do pai. Depois, foi arrecadando prêmios e mais prêmios até ser patrocinado

No mínimo o filme é o retrato dessa geração Z moderninha, indie, descolada e muito "aculturada". Poderia ter sido feito pela MTV. Ou pela produtora do Beco aqui de Porto Alegre.

Os personagens praticamente se resumem a um casal. E o filme se resume à discussão de relação com diálogos muito bons. E os diálogos muito bons se resumem em grande parte à citações à cultura pop, como se adora falar.
Isso às vezes parece até exagero e uma simples colagem de citações, mas o filme tem suficiente estrutura. As situações são levemente forçadas e fora da realidade, mas o filme é extremamente cativante e fala direto para o coraçãozinho dessa juventude de hoje e um tanto de ontem.

Esse Matheus Souza está me parecendo mais um Woody Allen que um Tarantino no quesito diálogo. Citações pop, relacionamento, situações levemente forçadas, simplicidade técnica. Ah, tem até Los Hermanos na trilha.

" - Como cê consegue gostar mais de Transformers do que todos filmes do Godard?
- O que pode ser melhor que carros que viram robôs de 15 metros de altura?"

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