segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os verdadeiros Bastardos Inglórios




Claramente um spaghetti. O nome dos envolvidos não nega. Enzo Castellari é um diretor que fica entre o cult, o trash e o bom. Ou o bom, o mau e o feio. Trilha sonora exagerada, atuações e efeitos especiais meio canastrões.Aquele zoom cretino da câmera. E o melhor, a falta de personagens com algum valor moral.
Algo que os filmes italianos dos anos 60 e 70 que queriam ser de Hollywood conseguem em alguns aspectos serem muito melhores que a sua aspiração. Na mesma linha dos faroestes de Sergio Leone, os personagens mais parecem caçadores de recompensa do velho oeste metidos em meio a Segunda Guerra Mundial. Lembrem-se que nos filmes com o Clint Eastwood não há Unionistas bonzinhos contra Confederados maus, não há brancos civilizadores contra índios escalpeadores, não há mocinhos contra bandidos.

Nesse "Inglourious Bastards" de 1977, inspiração pro último filme do Tarantino, não há protagonistas americanos e aliados bonzinhos contra nazistas maus. São um bando de losers, condenados à fuzilamento por traição. Ao mesmo tempo esses portagonistas são muito espertos e verdadeiros foras da lei, sem conduta marcial, se preocupando mais com a própria pele e usando a guerra como uma profissão da onde tiram alguns punhados de dólares. As maiores diferenças para um faroeste são a troca de ambiente, a troca de revólveres por metralhadoras e o trabalho em equipe ao invés da carreira solo dos homens durões dos desertos.

Melhor que tudo isso é o título original. Quel Maledetto Treno Blindato. Hehehe, lindo :)

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